Furacão Francine afetará os Estados Unidos da América no dia 11 de Setembro – Atlântico “acorda”, poderá haver risco para Portugal mais para a frente? Saiba a nossa previsão completa!

Conteúdos
Formou-se no Golfo do México a depressão tropical #6, provável futuro furacão Francine, e que deverá vir a ameaçar os estados do Texas e\ou Louisiana, nos Estados Unidos da América, no dia 11 de Setembro, ao que tudo indica
Atualmente ainda bastante desorganizado e, na hora de escrita desta publicação ainda nem sequer nomeado (é provável que ao longo desta Segunda-feira, dia 9 de Setembro 2024, assim que tenha um centro de circulação mais definido seja nomeado como “Francine”, o próximo nome na lista 2024)
Depois de um período de calma no Atlântico, este parece estar a acordar, e a “todo o vapor”, e há outras perturbações com potencial para serem nomeadas nos próximos dias – uma delas no Atlântico tropical Central, com probabilidade bem elevada!
Assim olhemos para já à carta do National Hurricane Center (NHC), onde podemos ver as perturbações nomeadas, assim como áreas em observação, e é fácil notar que poderemos estar a entrar no pico da época de furacões, de forma tardia. Visto haver tanta energia disponível não seria nada de espantar que pudéssemos ter uma época tardia, mas muito intensa
FUTURO FURACÃO FRANCINE – QUAL A TRAJETÓRIA MAIS PROVÁVEL?
Formado na Baía de Campeche, apenas 1 em 30 membros de ensemble do GEFS coloca este ciclone a tocar terra no México, antes de curvar para o Texas, pelo que parece um cenário altamente improvável, com cerca de 6 em 30 membros do ensemble (20%) a apontarem para que toque Terra no Texas
A maior parte das previsões GEFS apontam para que o ciclone toque Terra no Louisiana, numa trajetória claramente mais a Leste, pelo que o ciclone deverá ter melhores condições para intensificação
O ensemble EPS, do modelo Europeu, aponta para algo semelhante, com a grande maioria dos membros do ensemble de 50 membros a apontar para um landfall, dentro de cerca de 2 a 3 dias, (por volta de Quarta-feira), no estado do Louisiana
Assim, para já, é o cenário que teremos mais em conta, embora não descartemos que um ciclone mais forte que o previsto possa vir a alterar um pouco as trajetórias previstas (as soluções mais fortes do ensemble GEFS parecem estar mais a leste, pelo que um ciclone que supere as expectativas atuais de intensidade poderá terminar praticamente na fronteira entre o Louisiana e o Mississipi\Alabama\Florida)
Fica, segundo a carta disponibilizada pelo site “Tropical Tidbits” as trajetórias previstas pelo ensemble GEFS – podem ser necessárias atualizações, que efetuaremos atempadamente, caso seja o caso
INTENSIDADE PREVISTA (E EFEITOS ESPERADOS)
Oficialmente, neste momento, o NHC prevê que o ciclone Francine atinja uma intensidade máxima de 80mph (furacão categoria 1 de baixa intensidade), no entanto o wind-shear baixo na aproximação e o conteúdo de energia disponível no Golfo do México no seu trajeto, em conjunto com bastante humidade, devem levar a que o ciclone possa superar de forma significativa esta intensidade das previsões
É bastante provável que atinja intensidade de furacão categoria 2, ou categoria 3 de baixa intensidade, pelo menos, com pressão central perto de 970mb
Estamos a assumir que o wind-shear mais elevado se vai manter na aproximação à costa Sul dos EUA na Quarta-feira – caso haja uma redução do shear na sua aproximação então poderá haver uma intensificação “explosiva” e um furacão categoria 4\5 não é impossível – embora para já improvável
Estes ciclones no Golfo do México são sempre extremamente imprevisíveis, e muito perigosos, pois muitas vezes dão pouco tempo para preparar, intensificando explosivamente em poucas horas – pelo que é sempre melhor prevenir e esperar um ciclone mais forte, do que estar a contar com o melhor cenário
Dada a nossa previsão poderão ser de esperar rajadas de vento superiores a 175km/h no landfall, precipitação forte e persistente, capaz de provocar fortes inundações (250mm\24h) e maré de tempestade até 1,5\2m. Mais ou menos intensidade agravarão estes efeitos, especialmente a maré de tempestade, e o vento máxima
Os nossos modelos meteorológicos são ainda bastante incompetentes nas previsões de génese tropical, pelo que, para já, não devemos dar muita ênfase à intensidade, até ter um centro consolidado, e percebermos como estará o wind-shear dentro de 1\2 dias
Ainda assim deixamos a previsão de vários modelos, apenas 2 em 12 chegam a categoria 2 – com o restante ensemble a não ir além de categoria 1. Parece demasiado conservador, pelo que iremos manter-nos atentos – e sugerimos que, se está nos estados possivelmente afetados, também se mantenha atento às atualizações e avisos das autoridades locais
MAIS CICLONES A CAMINHO? RISCO PARA PORTUGAL?
Sim, com mais 2 perturbações atualmente em monitorização, e constante desenvolvimento por parte dos modelos meteorológicos, com condições agora mais favoráveis
É necessário acompanhamento nos Açores, pois há insistência, por exemplo, do modelo americano GFS, que pode ter muitos defeitos, mas em previsões tropicais, por vezes, é um dos melhores, em colocar um ciclone tropical em aproximação aos Açores na segunda quinzena do mês
De facto as condições de circulação atmosférica, caso haja desenvolvimento, podem ser favoráveis a que tal aconteça, pelo que, iremos manter-nos atentos à evolução
Poderá ser uma segunda metade da época de furacões tardia, mas muito ativa? É uma possibilidade. No entanto ainda há incertezas, e alguns modelos voltam a mostrar condições desfavoráveis logo a partir da última semana de Setembro
No entanto, dada a temperatura da água do mar, a MJO mais ativa, e a previsão do modelo mais fiável (ECMWF), podemos estar a caminho de um período bem agitado!
Na imagem abaixo podemos ver, por exemplo, segundo a previsão ECMWF, que existe previsão atual de praticamente o dobro do número de tempestades nomeadas durante o fim de Setembro e início de Outubro, em relação à média – o que pode, de facto, assinalar um alargamento do pico da época tropical.
Este alargamento pode trazer risco de algum destes ciclones afetar também Portugal Continental, se se vier a confirmar (mantenha-se atento às nossas análises meteorológicas, onde em breve publicaremos uma atualização). Isso deve-se à possibilidade de o pico tropical coincidir com a época do ano em que as depressões polares\jato polar começam a descer em latitude, aumentando o risco de interação entre depressões tropicais e polares que podem “transportar” as primeiras para águas mais a Norte – tal como aconteceu com o Leslie, em Outubro 2018
Como referido é apenas uma possibilidade que terá de ser analisada, caso se mantenha a tendência
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Fontes usadas para esta informação meteorológica
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