Super-Tufão Gaemi atinge Taiwan nesta Quarta, 24 de Julho – Saiba os efeitos esperados e o que esperar da temporada de furacões no Atlântico

Conteúdos
O super-tufão Gaemi, equivalente a um furacão categoria 4 no Atlântico, com vento sustentados superiores a 200km/h, encaminha-se para Taiwan, devendo tocar Terra por volta das 13-15H desta Quarta-feira (Hora Portuguesa)
Este tufão é o primeiro tufão intenso da temporada no Pacífico, numa época tropical bastante calma até agora – sem surpresas, afinal de contas a situação de La Niña em desenvolvimento favorece precisamente isso
No entanto logo no primeiro ciclone tropical da região este ano, e tal como aconteceu com o furacão Beryl no Atlântico, espera-se potencial para bastantes estragos e perturbações, uma vez que se trata de um ciclone violento, que, neste momento, segundo estimativas DVORAK pode estar ainda mais intenso do que o assinalado oficialmente
Uma das principais preocupações poderá ser o local onde poderá tocar Terra – praticamente por cima de Taipé, a principal cidade da ilha de Taiwan, e um dos principais centros económicos do mundo – conforme podemos ver na imagem de satélite abaixo, às 8:30h, hora de escrita desta publicação, o ciclone encontra-se já bem perto da costa de Taiwan
QUAIS OS EFEITOS ESPERADOS EM TAIWAN DO SUPER-TUFÃO GAEMI?
Esperamos que o tempo vá sofrer uma degradação rápida ao longo desta Quarta-feira nesta pequena ilha, com ventos muito fortes e chuva torrencial
As previsões automáticas dos modelos não são particularmente agressivas no vento após a entrada na Costa – com o ciclone a enfraquecer rapidamente – no entanto por vezes este tipo de previsões não são as mais fiáveis para a previsão correta destes fenómenos
Assim prevemos que o ciclone toque terra com ventos sustentados (constantes) de 175 a 200km/h e rajadas até 240km/h, sendo possível que possa manter ventos acima de 150km/h mesmo na cidade de Taipé
A chuva poderá ser muito intensa, localmente até 60mm\hora de forma persistente, podendo assim acumular mais de 500mm nas próximas 36-48h – aumentando o risco, evidente, de inundações rápidas
Espera-se também maré de tempestade, e ondas que podem atingir altura máxima de 12 a 14m
Em suma será uma situação bastante complicada, com potencial para bastantes estragos, conforme já referido a afetar uma das cidades mais importantes a nível económico mundial – pelo que os impactos, dependendo da intensidade que o ciclone mantenha, poderão ser bastante importantes
Podemos ver, segundo o ensemble GEFS que este ciclone não deve mesmo fugir de Taiwan, ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos, com desvios de última hora. Mas, após Taiwan, o ciclone pode continuar em direção à China, conforme podemos ver também – com que intensidade? Veremos
DEPOIS DE TAIWAN AFETA A CHINA. COM QUE INTENSIDADE?
Após afetar Taiwan estamos a prever que o ciclone enfraqueça – afinal de contas deverá ter interação com Terra, e isso irá privá-lo do combustível principal para tufões – a água quente do oceano
No entanto, dependendo da organização que consiga manter após emergir novamente a Oeste de Taiwan, poderá conseguir chegar à China ainda como um potente ciclone, talvez equivalente a um furacão categoria 2
Tudo indica que o ciclone tocará Terra na China a meio da tarde de Quinta (25-07-24), na hora Portuguesa, entre Quanzhou e Ningde
O vento poderá soprar com rajadas acima de 150km/h, e a precipitação deverá ser intensa – até 50-60mm\h em alguns locais, talvez até mais, e acumulando até 300-500mm em 24\36h nos locais onde passar, levando a um risco elevado de inundações rápidas, cheias e derrocadas
Na imagem abaixo, segundo a previsão do modelo HWRF, podemos ver o ciclone a tocar a China Oriental ainda com 956mb de pressão – não sendo já um ciclone tão intenso como em Taiwan, ainda provocará risco significativo
E NO ATLÂNTICO, SERÁ QUE A TEMPORADA DE FURACÕES SERÁ TÃO ATIVA COMO ESPERADO?
Este ano já tivemos vários recordes com o ciclone Beryl, em Junho\Julho – o ciclone mais intenso para a época – mas, desde aí, o Atlântico tem estado parado, não produzindo nenhum ciclone tropical significativo
Numa época de furacões que está prevista como sendo tão intensa, será isto normal?
Na realidade, sim. Os ciclones precisam de muito mais do que água quente para se desenvolverem. É necessário ar húmido, pouco cisalhamento, entre vários outros fatores
Neste momento, na MDR (Área de desenvolvimento tropical principal) temos muita poeira Africana, o que limita seriamente o desenvolvimento tropical, assim como ar seco – não sendo assim surpresa que esteja tudo calmo
E, na realidade, climaticamente falando, Beryl foi uma total anormalidade – os ciclones mais intensos acontecem em Agosto\Setembro, em média, sendo nesse período também a sua frequência bastante maior
O que diz o melhor modelo de previsão neste tipo de situações, o ECMWF?
Antes de mais previu de forma bastante correta este período de calma – já esperávamos que Julho fosse um mês bastante calmo, praticamente sem ciclones tropicais
Mas, durante bastante tempo esteve a prever que a época de furacões arrancasse em grande logo no início de Agosto, com 2X a frequência média, na previsão, algo que, para já, não está a prever
Assim o modelo “gold standard” na previsão destes fenómenos prevê uma situação normal para a primeira quinzena de Agosto, algo que até surpreende um pouco, uma vez que as previsões anteriores eram opostas
Ainda assim este tipo de previsões são bastante erráticas, e tudo pode mudar de um momento para o outro. O oceano está muito quente, mais quente do que alguma vez esteve (em registo) e o conteúdo de energia é brutal – pelo que será perfeitamente possível que tal energia possa produzir a época de furacões intensa, como era esperado, mesmo que para já este modelo não o mostre – conforme podemos ver na imagem abaixo (no Atlântico a barra verde corresponde à previsão, e a barra laranja o que é normal, para o período 12 a 19 de Agosto)
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