Forte tempestade Floris afeta as Ilhas Britânicas na segunda, 4 de agosto, enquanto Portugal enfrenta calor extremo – mau tempo fora de época no Reino Unido

Conteúdos
Foi nomeada pela agência britânica de meteorologia “MetOffice” a tempestade Floris, um temporal fora de época, e menos comum – um ciclone de origem extratropical, eventualmente poderá até tratar-se de uma ciclogénese explosiva
Lembramos que uma ciclogénese explosiva é um processo de intensificação rápida de uma área de baixa pressão, que desce a sua pressão central mais de 24hPA em 24h. Embora não seja certo que esta “Floris” venha a cumprir esse critério, certamente ficará perto
Este tipo de situações gera ventos muito fortes, e são mais comuns no Inverno – quando o Atlântico está mais ativo. O surgimento de uma situação destas no início de Agosto é menos comum, e, ao mesmo tempo, potencialmente mais perigoso – devido à energia subtropical associada, com bastante humidade arrastada de sudoeste – para além do vento forte junta-se o perigo da chuva excessiva
Tudo isto enquanto por Portugal continuamos com muito calor – e com dúvidas nas previsões de calor de dia 4 em diante, muito por culpa da “Floris!” Confuso? Já iremos explicar! Para já fica a carta da MetOffice, que mostra esta tempestade a tocar o Reino Unido na segunda-feira, com pressão central de 987mb

TEMPESTADE FLORIS – FORMAÇÃO E TRAJETÓRIA
A tempestade extratropical Floris forma-se sobre o extremo Norte do anticiclone dos Açores, na sequência de uma perturbação subtropical que, ao deslocar-se para Nordeste, interage com a água mais fria, e entra em fase de cavamento
Esta fase de cavamento, mais concretamente a intensidade e o timing da mesma, são determinantes para os impactos no Reino Unido, e também para o posicionamento do anticiclone e das bolsas de ar mais fresco no Atlântico – e, tudo isto, pode influenciar as previsões de temperatura em Portugal
É mesmo uma das razões pelas quais os modelos meteorológicos estão com extrema dificuldade em definir a situação de calor após dia 4… Teremos algo mais extremo por Portugal? Algo mais normal? E a duração? Veremos!
A trajetória desta depressão é então ao longo do extremo Norte do anticiclone, passando a Norte das Ilhas Britânicas (ou mesmo em cima do Norte da Escócia). Assim são essas regiões as mais afetadas pelos efeitos deste temporal
Não é muito comum em Agosto, no entanto também não se pode dizer que seja algo inédito

EFEITOS EXPECTÁVEIS NAS ILHAS BRITÂNICAS
A situação está ainda bastante indefinida, com vários modelos com várias soluções diferentes: Os modelos ECMWF e UKMO estão bastante confiantes numa situação mais complexa, enquanto ICON e ARPEGE, por exemplo, não mostram o mesmo
Segundo a solução do UKMO, por exemplo, os ventos no Norte da Escócia podem vir a atingir 150km/h na Costa, e 110\130km/h em terra, ou mais, nas terras altas!
As ondas podem ser grandes, superiores a 8 metros, e a chuva será, quase certamente, bem intensa, com períodos de intensidade superior a 20mm\h a partir da madrugada de domingo para segunda, e também com acumulados totais bem perto de 100mm em alguns pontos na Escócia – pouco comum em Agosto!
No restante Reino Unido é expectável que esteja ventoso, com rajadas até 100km/h no Norte de Inglaterra e 60-90km/h de forma algo generalizada – algo mais comum, portanto
O período mais crítico desta intempérie deverá ser entre a manhã e o meio da tarde de segunda-feira, embora ainda haja ligeira indefinição nas horas exatas – atualizaremos esta informação com mais detalhe assim que possível!
Além de todos estes efeitos é de esperar, ainda, o risco de trovoadas que podem amplificar a precipitação localmente – não descartando algum tornado\tromba de água, também

MAIS TEMPESTADES NO ATLÂNTICO EM BREVE?
Há sinais para início da atividade tropical depois de dia 10 de Agosto… o que é algo expectável, e vai no sentido do que é normal, no fundo
As primeiras ondas tropicais começam a surgir no Atlântico tropical – veremos se as condições permitem desenvolvimento, essa é ainda uma incógnita – e, embora o ECMWF sugira que sim, a verdade é que os modelos deterministas ainda nada mostram
Caso se formem haverá risco para as Caraíbas e\ou Estados Unidos da América… Sem risco para Portugal, para já (pode afetar o tempo INDIRETAMENTE, com mais ou menos calor, dependendo da localização destas possíveis perturbações, que transportam muita energia, e movimentam os anticiclones de forma imprevisível…)
Relembramos que a previsão oficial aponta para uma época de furacões acima da média, mas, na nossa opinião, seria perto\abaixo da média – e, para já, tem sido menos ativa que em anos anteriores, mas até novembro muito pode mudar (a época de furacões no Atlântico vai de junho a novembro)
Esperemos que seja uma época de furacões mais calma que as anteriores, e que, sobretudo, com poucos danos – e sem surpresas em águas portuguesas…

Conte-nos nos comentários abaixo: Preocupa-o a possibilidade de surgimento de tempestades, depois do calor?
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