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Modificação artificial do clima – Experiências potencialmente perigosas podem ter início em breve – quais as preocupações?

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ARIA, uma agência com financiamento pelo estado britânico, está cada vez mais perto de indicar experiências para modificação artificial do clima – especificamente “escurecer” o sol, através de uma série de experiências – que podem não ficar por aí

Como já referimos em algumas ocasiões o aquecimento global continua a aumentar rapidamente, e, mesmo durante um período de La Niña, em que, naturalmente, o planeta se mantém ligeiramente mais fresco, em média, a temperatura global continua perto, ou acima, de 1,5ºC, quando comparado com a média da era pré-industrial

Por essa razão há, cada vez mais, um desespero na tentativa de reduzir este aquecimento, mas, muitas vezes, sem que seja pensado corretamente, sem que haja realmente provas de eficácia, e, mais que isso, com potenciais riscos e possibilidade de tornar tudo pior

Um dos fatores que é cada vez mais universalmente aceite como um dos principais causadores do súbito aquecimento que tem ocorrido nos últimos anos é a redução de aerossóis na atmosfera, com nova legislação sobre a poluição de navios – o que levou a aumento da radiação solar, e a aquecimento dos oceanos – e, por extensão, rapidamente, da temperatura do ar no planeta, em média

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Assim a ARIA está a planear fazer o oposto: Injetar aerossóis na atmosfera para diminuir o brilho solar sobre certas regiões, numa tentativa de reverter o aquecimento – mas a verdade é que tudo isto é pouco testado, e os especialistas avisam para consequências potencialmente catastróficas

Mudança artificial do clima - injeção de aerossóis para "salvar o clima"?
Mudança artificial do clima – injeção de aerossóis para “salvar o clima”?

MODIFICAÇÃO ARTIFICIAL DO CLIMA – COMO A “ARIA” QUER ALTERAR O CLIMA ARTIFICIALMENTE

Todos nós já ouvimos as teorias de chemtrails – rastos de avião que, supostamente, indicam tentativas de alteração do clima, ou, segundo algumas pessoas mesmo outros fins mais “macabros”, como a dispersão de poluentes propositadamente para reduzir a população mundial

Não iremos falar sobre essas teorias, em que não acreditamos, mas que também não temos provas absolutas para refutar – embora saibamos que o que vemos no céu não são chemtrails (rastos químicos) mas sim contrails (rastos de condensação), algo natural

Contudo agora é provável que as teorias se intensifiquem, caso o plano da técnica “de redução do sol” vá para a frente – e tudo indica que sim, com investimento de 60 milhões de dólares por parte do governo do Reino Unido

No fundo o objetivo é voar aviões entre a troposfera e a estratosfera, por volta de 14 a 16km, e lançar aerossóis, que serão dispersados, e, supostamente, irão diminuir a energia solar incidente, e reduzir a temperatura no planeta. Para além de aviões há planos, também, para dispersar aerossóis a partir de navios, e, ainda, outras técnicas como tentativa de aumentar a espessura do gelo, para tentar obter um maior efeito albedo, ou seja a reflexão do sol de volta para o espaço

Tudo isto na tentativa de mitigar um problema cuja causa todos nós sabemos: A poluição, mais concretamente a emissão de gases com efeitos de estufa. E, não só estas técnicas não são provadas como eficazes (até pelo contrário), como podem agir como uma distração do verdadeiro problema, e até mesmo amplificá-lo – afinal voar aviões e usar navios para dispersar aerossóis não virá sem a primeira consequência de tudo isto – mais emissão de gases!

Injeção de aerossóis na atmosfera como método de diminuir o aquecimento global - um potencial perigo... Modificação artificial do clima
Injeção de aerossóis na atmosfera como método de diminuir o aquecimento global – um potencial perigo…

PREOCUPAÇÕES COM ESTES TESTES

Como é óbvio estes testes despertaram interesse na comunidade científica mundial, primeiramente porque estamos a falar de algo gigante em termos científicos – a tentativa de controlo de um sistema complexo como a atmosfera – mas também porque despertou, de imediato, preocupação de diversos cientistas climáticos (entre outros), devido aos potenciais perigos

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Alterar o clima artificialmente, seja de que forma for, terá sempre as suas consequências, e a atmosfera irá sempre procurar o equilíbrio – e, se reduzimos o sol num determinado local, isso pode levar a um aumento do aquecimento noutros locais – como já demonstrado em alguns estudos 

Especificamente alguns estudos mostram que este tipo de experiências pode levar a desastres climáticos sem precedentes, se não forem extremamente bem planeadas – e são um plano B, depois da falha na tentativa da descarbonização, que seria o plano A, e o verdadeiro método de reverter o aquecimento global

Alguns estudos mostram um aumento da seca sobre a Amazónia como potencial consequência desta experiência, um aumento mais rápido da temperatura sobre as latitudes mais altas, chuvas ácidas, entre outras – no fundo todas elas são também consequências do aquecimento global natural, mas que podem ser amplificadas por estas técnicas de injeção de aerossóis

Há também quem defenda que poderá levar a uma “histeria” em massa da população, que se pode revoltar contra tudo isto – no fundo um aumento gigantesco daqueles que acreditam que estamos a ser manipulados climaticamente neste momento, devido aos já referidos rastos de aviões, que muitos acreditam serem rastos químicos. Alguns especialistas avisam que, com provas realmente que a manipulação está a ocorrer (mesmo que seja, supostamente, e segundo a agência ARIA “feita com testes e com toda a segurança”), poderá haver um aumento generalizado da revolta e manifestações contra este desenvolvimento

No fundo há muitos pontos a verificar antes de se avançar para algo com esta dimensão – lançar aerossóis, como enxofre, para a atmosfera, ou outros métodos ainda mais “arrojados” de tentativa de arrefecimento que são equacionados, como “espelhos” para refletir o sol para o espaço, ou o lançamento de uma pequena “névoa” de água do mar para a atmosfera na tentativa de induzir o aumento da espessura da nebulosidade, não vêm sem custos – e por muito que se pense que se sabe, podemos estar a tornar tudo muito pior, sem que o verdadeiro problema seja tratado

Cloud-Seeding - técnica já usada na Arábia Saudita para fazer chover de forma não-natural
Cloud-Seeding – técnica já usada na Arábia Saudita para fazer chover de forma não-natural

COMO ESTAMOS, REALMENTE, A NÍVEL CLIMÁTICO? E QUAL A LEGISLAÇÃO PERANTE EMPRESAS PRIVADAS?

Depois de falarmos das tentativas desesperadas de agências privadas, vamos falar um pouco sobre a legislação existente que poderá impedir estas tentativas 

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E a verdade é que a mesma… é praticamente inexistente! Assim qualquer empresa com este tipo de intenção, assim como governo, poderá fazer, praticamente, aquilo que quiser – daí ser totalmente legal, à luz da legislação atual, as técnicas de injeção de aerossóis, cloud-seeding e outros métodos de modificação do clima

É algo que tem de ser, rapidamente, revisto, pois independentemente do sucesso das experiências da agência ARIA, outras podem surgir – havendo o risco, até, de, no desespero pela tentativa da redução do aquecimento global, haver uma corrida a fundos governamentais para este tipo de experiências, que, não podemos deixar de reforçar, distraem do verdadeiro problema, e aquele que deve ser o objetivo principal – a redução do uso de combustíveis fósseis, que nos poderá levar a uma redução de emissão de GEEs

A nível climático as coisas continuam muito iguais a 2023\2024 – à data de escrita desta publicação, 8 de maio de 2025, continuamos com a temperatura global média, durante o ano de 2025, cerca de 1.5 a 1.6ºC acima da era pré-industrial – janeiro foi o mais quente já registado, e os meses seguintes, embora não os mais quentes, ficaram bem perto de o ser – mesmo durante um período teórico de arrefecimento, com La Niña

Assim é essencial, de facto, tentar controlar este aquecimento, pois será inevitável que o surgimento de um El Niño em breve (acabará por surgir, mais tarde ou mais cedo, é inevitável, uma vez que se trata de um fenómeno ciclíco) nos poderá levar a um aquecimento superior a 2ºC – algo impensável há poucos anos atrás – recordamos que o objetivo acordado era limitar o aquecimento a menos de 2ºC até 2100 – faltam 75 anos…

Os níveis de radiação solar incidente continuam a aumentar – é de facto um dos principais problemas – mas não é o problema principal – afinal, antes da revolução industrial, e de surgirem os navios, aviões, e outros emissores de aerossóis, o sol já tinha a mesma energia, e a radiação solar incidente era mais elevada, contudo a temperatura era mais baixa – pois havia muito mais capacidade de dissipação dessa mesma energia

Assim, em vez de nos focarmos em reduzir o sol, algo que NÃO É NATURAL, uma vez que não é algo que existiria se os humanos não estivessem a influenciar o clima, devemos focar as nossas atenções naquilo que É NATURAL – a redução de gases que não existiam se nós não estivéssemos neste planeta – e, dessa forma, mesmo com mais radiação solar a incidir, o calor seria “devolvido ao espaço” de forma natural, como sempre foi – sem efeito de estufa

Em conclusão rápida: Não acreditamos no sucesso de projetos como este, mas também estamos muito descrentes em relação ao sucesso da descarbonização. Ou seja, no fundo, não acreditamos que estejamos próximos de fazer o que quer que seja para mitigar o aquecimento global. Se as experiências realmente avançarem resta esperar que sejam um sucesso inesperado, uma surpresa – é muito duvidoso no entanto…

E você, o que pensa de tudo isto? Deixe a opinião nos comentários abaixo!

A temperatura média em 2025 segue próxima de 2023 ou 2024
A temperatura média em 2025 segue próxima de 2023 ou 2024

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