Chuva pode ficar até final de março, mas depressão KONRAD NÃO AFETA Portugal Continental – saiba o que nos pode reservar o tempo nas próximas 2 semanas

Conteúdos
Chuva, chuva… e mais chuva… É assim que tem estado o tempo, e, é uma verdade, já começa a ser um pouco demais, particularmente nas regiões Norte e Centro, onde a verdade é que não precisávamos de tanta água!
Os valores acumulados mensais, de março, a dia 10, já ultrapassam os valores totais médios para este mês em grande parte do país – pelo que é virtualmente certo que este será um mês chuvoso, em média, em Portugal Continental – contudo as coisas podem não ficar por aqui – é que há bastante chuva a caminho!
A depressão Konrad afeta os Açores nesta terça-feira, e uma depressão associada, ou um núcleo secundário, se assim quisermos chamar, afetará a Madeira na quarta-feira – não sendo menos intensa – em ambas as situações o vento pode atingir, aproximadamente, 120km/h
Tem-se falado bastante da possibilidade da depressão KONRAD afetar Portugal Continental, mas podemos confirmar que tal não vai acontecer, pelo menos diretamente, ou de forma significativa – o maior efeito será o mar!
Em termos de vento, tudo normal, com os ventos mais fortes a passarem a sul do território, em direção a África, aliás como podemos ver na previsão de vento acumulado até final do dia de quinta, 13 de março, por parte do modelo IFS-ECMWF

DEPRESSÃO KONRAD – QUAIS OS EFEITOS NO NOSSO PAÍS?
Conforme já referido os efeitos serão mais sentidos nos Açores, no período entre as 12 e as 18h, sensivelmente, com rajadas de vento acima de 120km/h, nesta terça, 12 de março, sendo que também provocará chuva forte, e agitação marítima significativa
Por estas razões o IPMA já emitiu avisos LARANJA para o arquipélago
Posteriormente um núcleo secundário associado a esta depressão irá afetar o arquipélago da Madeira, na quarta-feira, com ventos superiores a 100km/h nas zonas mais expostas e regiões montanhosas – igualmente com forte precipitação e agitação marítima
A evolução de um anticiclone a Norte, influenciando Portugal Continental, manterá a circulação destas depressões mais a Sul
Assim, em Portugal Continental, os efeitos serão pouco sentidos – e, se está no Norte do país, até verá o sol, em bons períodos, e mal sentirá qualquer vento!
Haverá, no entanto, um aumento da agitação marítima
Por outro lado, com os ventos do quadrante leste, e uma circulação retrógrada sobre a Europa, haverá FRIO significativo – sexta\sábado podem ser dois dos dias mais frios do ano em Portugal Continental – e, havendo precipitação, com neve em locais menos habituais, a confirmar (pode faltar precipitação, haverá gelo certamente…)
Podemos ver a previsão de anomalia de temperatura para o próximo sábado, segundo o ECMWF, mostrando, de facto, temperaturas muito abaixo da média para março – quando devíamos estar a entrar na primavera, parece que o Inverno chegou!

CHUVA E MAIS CHUVA – AFINAL QUANDO PODERÁ PARAR?
Nos próximos dias a chuva será, claramente, menos, devido à influência da já referida alta pressão, ar mais seco e frio de leste, com as depressões desviadas um pouco para Sul
Felizmente a que cair até sexta será MAIS A SUL
No final da semana, ao que tudo indica, haverá um breve período mais seco, embora sempre com a ligeira probabilidade de aguaceiros, que, a ocorrerem serão de neve em locais menos habituais na sexta-feira – cotas de neve, potencialmente, nos 400-600 metros (não parece haver muita precipitação, se é que ocorrerá, sequer…)
No sábado ao final da tarde, no entanto, deve chegar uma nova frente, mas aí já com as cotas de neve novamente nos 1000-1200 metros de altitude – continua a acumular neve na Serra da Estrela, que por esta altura deve ter locais com mais de 1 metro de altura de neve!
A próxima depressão está “marcada” para o início da próxima semana, com contornos ainda para definir – devendo afetar primeiro os Açores, de forma bem intensa, e Portugal Continental e Madeira, possivelmente, depois
Segundo os critérios de emissão de avisos, e as previsões atuais, a probabilidade de termos a depressão “Laurence” é superior a 50%
Sim, é Inverno, e sempre houve depressões – no entanto a nomeação de depressões quando se trata de situações de alto impacto, ajuda a informar mais facilmente, e, no futuro, no registo de determinada situação – é essa a razão de nomeação de tempestades – não quer dizer que sejam mais ou menos fortes por serem, ou não, nomeadas – e não é algo recente, como muitos pensam, já há muitos anos se nomeiam, simplesmente agora, por acordo das várias entidades, as nomeações passaram a ser definidas com outros critérios – e com base numa lista pré-definida
Pouco importa o nome – é mau tempo, típico da época, mas que merece acompanhamento pelo potencial de estragos, como os que têm ocorrido nos últimos dias – sendo necessário informar e avisar a população – podemos ver, por exemplo, que segundo o melhor modelo a nível mundial, IFS-ECMWF, as rajadas podem vir a ser próximas de 100 km/h no litoral, com frio e chuva intensos, também no início da próxima semana (17-18 de março…)

Detalhes a serem afinados, claro, o modelo GFS, por exemplo, para já, não concorda muito, atrasando a depressão, e formando-a de forma diferente, sem tanta afetação aos Açores
Mas todos eles, praticamente, prevêem o mesmo – uma depressão entre 17 a 19 de março, algo que é consistente com o que temos vindo a prever
Na previsão mensal, no entanto, referimos a possibilidade de tempo mais seco, depois… Será assim?
Era, e é, uma possibilidade, mas não passa disso mesmo – uma possibilidade! Para já parece menos provável, agora que o ensemble ECMWF parece concordar mais com o novo AIFSv1 (Modelo de IA), com provável manutenção de NAO-\bloqueio, e mais precipitação
Outros modelos não concordam, para já, pelo que é preciso continuar a acompanhar – por exemplo a média de ensemble do GFS mostra-nos o regresso do anticiclone – o que seria positivo, mais chuva neste março pode levar a sérias consequências – das quais falaremos de seguida!

POSSIBILIDADE DE CHEIAS – RISCO MODERADO A ELEVADO
Já referimos que, no caso de se manter a precipitação ao longo do resto do mês de Março, a situação pode vir a complicar, pois as várias bacias hidrográficas começam a ficar sem capacidade de encaixe
Principalmente no Tejo e Mondego, a manter a precipitação, poderá vir a haver cheias – sendo uma preocupação a ter em conta!
Sem dúvida que a chuva tem sido mais do que esperávamos neste mês de março, depois de um inverno em que foi chovendo, mas nunca de forma extraordinária – e isso é, por um lado, uma benção para a região Sul, ainda necessitada, mas também um possível “pesadelo” para o Norte e Centro
Assim esperemos que, a chover, continue a ser nas regiões mais a Sul, e de forma calma, e que o Norte acabe por ter menos chuva, o “melhor de dois mundos”, climaticamente falando – permitindo um Verão sem seca a Sul – algo que tem sido raro, e permitindo que a água se vá mantendo em bom nível a Norte e Centro, mas sem haver transbordos das margens, que podem causar prejuízos
Na realidade os modelos meteorológicos nem prevêem valores excessivos de precipitação nas próximas 2 semanas – felizmente – no entanto a dificuldade de previsão é elevada, até mesmo a 2\3 dias de distância, pelo que vale o que vale!
Ainda assim, mesmo no cenário médio do ensemble EPS, poderão cair mais 100l\m2 até 25 de março, em grande parte do país – o que é bastante significativo. Obviamente, no entanto, estes valores podem ser mais ou menos baixos – afinal é uma média de 50 possíveis cenários – e alguns desses cenários mostram valores realmente excessivos de chuva, pelo que será necessário acompanhar
Traremos sempre a informação mais atualizado, pelo que recomendamos que continue a seguir as nossas previsões!
Muito obrigado pela leitura deste artigo de previsão, que esperamos que lhe seja útil!

Conte-nos, nos comentários abaixo: Preocupa-o as perspetivas de cheias, caso a chuva persista? Tem saudades do sol, ou gostava que este tempo se mantivesse mais umas semanas para garantir boas reservas de água no Verão? Participe com a sua opinião!
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