Portugal é caso único na Europa – enquanto tempestades percorrem o Continente, por cá é o único país onde não chove até Agosto! Saiba as previsões atualizadas!

Não é um cenário inédito, e mostra bem o quão “afortunados” são os amantes de sol em Portugal – devemos ser o único país na Europa em que não deve ocorrer precipitação até final de julho – todos os outros devem passar por períodos de chuva, e, em boa parte, tempestades

Aliás este período de 23-27 de julho, aproximadamente, enquanto uma depressão mergulha sobre a Europa Central, pode mesmo ser marcado por fortes temporais no “Velho Continente” – ao mesmo tempo que Portugal irá sofrer com calor intenso, desde o litoral ao Interior – e com elevado risco de incêndio, devido ao vento leste predominante em alguns dos dias

As cartas não deixam mesmo dúvidas – é um contraste absurdo entre Portugal Continental e o resto da Europa – por cá com tempo seco, bem seco, quente, com risco EXTREMO de incêndio (sem dúvida o período crítico do ano), enquanto no Continente Europeu as tempestades dominarão, começando já neste dia 23 (quarta) pelo leste de Espanha – com uma situação de elevado risco de granizo e inundações

Mas também há muito calor noutros pontos do Continente, e Itália, em particular, irá sofrer com temperaturas acima de 45ºC em algumas localidades mais a Sul nos próximos dias – enquanto a Norte é o mau tempo que domina

Enfim, grandes contrastes no clima mundial nos próximos tempos – continue a ler este artigo para mais detalhes, incluindo informação sobre uma potencial onda de calor histórica nos Estados Unidos da América

ONDA DE CALOR EM PORTUGAL, E TEMPESTADES NA EUROPA – MAIS DETALHES

Continua a ser prevista uma onda de calor em Portugal, contudo com mais detalhes a surgirem, parece haver maior certeza que será uma situação mais preocupante pela duração, e não tanto pela intensidade!

Não estamos a contar com valores tão elevados como os registados no final de junho, altura em que os termómetros chegaram a atingir 46.6ºC em Mora, por exemplo, contudo com valores perto, e por vezes acima, dos 40ºC entre dias 24\25 e o final do mês, de forma mais ou menos generalizada de Norte a Sul, o risco para a saúde pública é elevado

Se vive no Norte do país pode contar com temperaturas bem elevadas particularmente entre dias 26 e 29\30, enquanto a Sul já no dia 24 o calor começará a apertar bem!

De realçar que em alguns locais o vento soprará com predominância do quadrante leste – especialmente no Interior e terras expostas\altas, e talvez no litoral Norte em alguns dos dias, pelo que as mínimas serão também elevadas – pontualmente perto de 25ºC

Assim, até ver, prevemos uma onda de calor NORMAL em termos de temperaturas máximas, não se esperando valores recorde, mas menos normal em termos de duração – pelo menos se se confirmarem a maioria das previsões atuais. Além disso, para o início de Agosto, embora falte algum tempo, os modelos meteorológicos parecem mostrar a possibilidade de uma “segunda vaga”, talvez de menos duração, mas maior intensidade…

Na Europa continuam a dominar as tempestades, com cenários, por vezes, bastante complicados – a energia é elevada, na sequência de uma depressão fria a descer vinda de Noroeste (a mesma que provocou alguma chuva no domingo em Portugal) e a chocar com o ar mais quente no Sul do Continente

Assim, por vezes, teremos situações de forte instabilidade, granizo, rajadas, vento forte e até tornados – para além da chuva torrencial

São situações de difícil análise mas podem afetar grande parte dos países na Europa Central\Leste (França, Alemanha, BeNeLux, Polónia, Áustria, Roménia etc), assim como pontualmente alguns países no Sul da Europa e Balcãs, isto já depois de afetar Espanha, como referido, nesta quarta-feira

Iremos obviamente acompanhar e informar caso algum fenómeno mais intenso se desenvolva em algum local – e obviamente caso alguma coisa surja em Portugal – o que é, para já, muito improvável!

CALOR EXTREMO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Verão algo complicado também no Continente Norte Americano, com o calor a apertar significativamente – e com tendência para aumentar nos próximos dias – com a formação de uma “cúpula de calor” e a manutenção de temperaturas muito elevadas durante um largo período

As temperaturas mais extremas devem registar-se no Sul e Oeste dos Estados Unidos da América, onde os modelos projetam mesmo, localmente, valores extremos de temperatura, perto dos máximos absolutos

Este calor intenso deve estender-se também ao Noroeste do Canadá, e deve levar também a risco de incêndio muito acima do que é normal – infelizmente com condições particularmente extremas em áreas de elevado risco, no Oeste dos Estados Unidos da América

Em contraste, no Nordeste, existem condições para tempestades – por vezes intensas. Se está nos locais potencialmente afetados por todos estes fenómenos sugerimos, então, precaução – e que siga todos os avisos das autoridades locais

O período mais crítico, pelo menos inicialmente, deverá ser 25\26 a 28\29 de julho – mas não descartamos agravamento no início de agosto, novamente

ONDE ANDAM OS FURACÕES?

Quase a terminar julho, e continuamos sem sinais evidentes de surgimento de qualquer ciclone tropical – um pouco contra a expectativa de que teríamos uma época de furacões ACIMA da média

Isto pode ser explicado por maior shear (cisalhamento) nas áreas de desenvolvimento, e por águas menos quentes do que em outros anos, ao contrário do que acontece nas regiões subtropicais. Não queremos com isto dizer que a água está mais fria que a média – apenas não está tão quente como por exemplo em 2023 ou 2024, anos de El Niño

No entanto nada disto tem grande importância, para já, no contexto de uma época de atividade tropical que vai até final de novembro – e que costuma ter pico entre agosto e outubro – a verdade é que de repente tudo pode mudar

Contudo, olhando aos principais modelos de previsão, felizmente, para já, não vemos sinais evidentes de que a atividade vá surgir, pelo menos até início de Agosto, e mesmo na primeira quinzena desse mês os sinais são fracos – o que é uma boa notícia!

Dito tudo isto não devemos baixar a guarda – os furacões vão surgir, e irão afetar as “zonas do costume”, nomeadamente Caraíbas, Estados Unidos da América\México, por exemplo, sendo que, com a água mais quente nas regiões subtropicais, como referido, também os Açores podem ter maior risco na segunda metade do verão e no outono... Em Portugal Continental? Nunca gostamos de falar da possibilidade destes fenómenos, mas os últimos anos provaram que temos de estar, igualmente, atentos…

Muito obrigado pela leitura desta previsão, que esperamos que lhe seja útil!

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