Super Furacão Melissa pode causar situação catastrófica na Jamaica e Cuba entre segunda e terça-feira com ventos acima de 250km/h, chuva torrencial e maré de tempestade

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O furacão Melissa, a 13ª tempestade nomeada desta época de furacões, que parece estar praticamente a chegar ao fim, mas vai trazendo algumas surpresas, está, nesta tarde de sábado, a começar a ganhar força rapidamente, e é provável que rapidamente se transforme num ciclone monstruoso – com a última previsão do NHC a mostrar um ciclone com 155mph de vento médio dentro de 48 horas
Essa velocidade de vento (250km/h) corresponde ao limite superior de um furacão categoria 4, pelo que é perfeitamente possível que Melissa se transforme mesmo num furacão de categoria máxima (5). Independentemente da intensidade final, será sempre uma situação muito complicada para os locais afetados, que são Jamaica, Cuba, República Dominicana e Haiti, inicialmente (com os 2 primeiros com impactos diretos) – posteriormente pode afetar algumas outras Ilhas mais pequenas
O furacão tem já pouco tempo antes de entrar em terra, algo que deve acontecer já na segunda-feira, ou terça, segundo os modelos de previsão mais fiáveis – nos quais se inclui atualmente o DeepMind da Google – afetando diretamente, provavelmente, a costa Leste da Jamaica, com rajadas muito violentas, maré de tempestade significativa, e também chuva pontualmente excessiva
As previsões não são nada animadoras – as últimas cartas da NOAA mostram valores de precipitação até 750l\m2 para o leste da Jamaica, que podem cair em somente 24 a 36 horas – algo que irá claramente causar inundações catastróficas, especialmente quando se juntam os outros efeitos da tempestade, particularmente a maré de tempestade

TRAJETÓRIA PREVISTA DO FURACÃO MELISSA, E INTENSIDADE PREVISTA
O ciclone Melissa encontra-se num ambiente extremamente favorável a intensificação explosiva – com água quente superficial, mas também em profundidade, e com shear baixo (+-10kts), pelo que parece inevitável uma intensificação superior a 50kts (quase 100km/h) em apenas 12 horas, algures entre o final da tarde de hoje e o meio do dia de domingo
Depois disso a intensificação deverá continuar, possivelmente em ritmo acelerado na tarde de domingo, e, caso o ciclone não interaja com terra a evolução para um ciclone monstruoso de categoria 4\5 será inevitável, com a maioria dos modelos meteorológicos mais fiáveis a mostrarem pressão mínima central por volta de 925 a 935mb e ventos entre 135 a 165mph (categorias 4\5)
Isto significa que o ciclone pode tocar terra diretamente na Jamaica com toda a sua força, rajadas que ficam perto de 300km/h, e todos os outros efeitos associados a violentos ciclones tropicais – já iremos detalhar os efeitos, mas primeiro vamos falar sobre a trajetória que se segue
Depois de passar a Jamaica, um processo infelizmente lento (estará sobre a Ilha durante umas 24 horas, o que aumenta o risco), deverá voltar a ficar no mar, entre Jamaica e Cuba, podendo ganhar força novamente. Seja como for, mesmo tendo perdido já parte da Força ainda deverá afetar Cuba como ciclone categoria 3, pelo menos
Depois de Cuba ainda irá afetar as Ilhas Turcas e Caicos, antes de evoluir para o Atlântico, provavelmente não afetando mais nenhum local – mas afetando o padrão atmosférico geral, e facilitando a evolução de muita chuva para Portugal

EFEITOS ESPERADOS NOS VÁRIOS LOCAIS AFETADOS
O país mais afetado pode ser a Jamaica – pois “levará” com o impacto direto do ciclone na sua máxima força, possivelmente até em processo de intensificação. Resta saber o tamanho do ciclone – que pode ser definido por processos imprevisíveis, incluindo processos de substituição da parede do olho, que podem ocorrer caso ocorra uma IR (intensificação rápida)
A chuva será mais problemática se o ciclone passar mais em cheio sobre o centro da Ilha, ao invés de mais a leste – infelizmente o modelo da Google, experimental, DeepMind, que se tem saído muito bem ultimamente, tem o pior cenário. Assim, na metade leste da Ilha é provável realmente que haja chuva verdadeiramente excessiva. Esta situação, infelizmente, está a fazer lembrar o ciclone Dorian que arrasou as Bahamas em 2019 – esperemos que não se repita esse cenário
O vento pode soprar entre 230 a 300km/h (rajadas) dependendo da evolução exata do ciclone, e a maré de tempestade pode ser superior a 3 metros. As ondas máximas individuais podem superar 20 metros
Em Cuba os efeitos podem ser semelhantes, embora ligeiramente menos graves (vento 200km/h, 200 a 400l\m2 de precipitação, e ondas máximas de 15 metros, efeitos que devem ser semelhantes nas Ilhas Turcas e Caicos
No Haiti e na República Dominicana será a chuva o principal problema, com acumulados totais entre 150 a 300l\m2 dependendo dos locais, pelo que se aconselha precaução, e que sejam seguidos todos os conselhos das autoridades locais

Como já referido anteriormente, dentro de 4 a 5 dias entrará mais a Norte no Atlântico subtropical. Não irá afetar Portugal diretamente, contudo a energia que transporta dará origem a movimentações de massas de ar que serão favoráveis a mais chuva no nosso país – Continente e Ilhas – mais informação em breve
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