Trovoadas 31 de Maio – Análise de risco meteorológico
Neste dia 31 de Maio uma depressão isolada aproxima-se, forçando um choque de massas de ar bastante significativo. A temperatura desce ao longo do dia, com a entrada de uma massa de ar marítimo.
Este choque irá produzir valores de CAPE (Energia potencial convectiva) superiores a 1000\1500 J\Kg localmente, sendo que irá também propiciar alguma humidade nas camadas médias\altas da atmosfera
Há enorme divergência entre alguns modelos relativamente a essa humidade, sendo que alguns dos modelos mais fiáveis prevê que a mesma seja INSUFICIENTE PARA CONVECÇÃO ORGANIZADA
Assim a partir da tarde surgem células isoladas, que se devem formar por orografia, logo zonas de montanha têm maior probabilidade de terem trovoadas mais intensas
Ficam primeiro algumas imagens onde podemos ver precisamente essa depressão (Modelo GFS) assim como energia disponível (ARPEGE)
Assim esperam-se as seguintes condições
- LITORAL NORTE: Nuvens pela tarde, sendo que a menos de 50kms do mar será muito difícil haver trovoadas. No interior dos distritos de Porto, Braga e V.Castelo pode haver trovoadas principalmente nas zonas montanhosas durante a tarde e início da noite de dia 31, eventualmente até para a madrugada de dia 1. No entanto tudo localizado…
- INTERIOR NORTE: Nuvens e trovoadas dispersas pela tarde. Localmente podem ser muito intensas, ,com granizo e chuvas torrenciais. No entanto reforço que será localizado
- LITORAL CENTRO\SUL: Nos distritos de Aveiro\Coimbra e Leiria há condições para trovoadas dispersas (Interior destes mesmos distritos) pela tarde, embora não sejam zonas de elevado risco… Localmente podem ter granizo
- INTERIOR CENTRO\SUL: Risco de trovoadas\aguaceiros nas zonas mais interiores e em especial nas zonas montanhosas. Podem chegar até ao Alto Alentejo, sendo que no Baixo Alentejo é muito improvável
- ALGARVE: Condições para nuvens, sendo aguaceiros\trovoadas extremamente improváveis
Fica o mapa de risco correspondente
Também haverá a presença de poeiras… Essas poeiras devem ser mais notórias no Interior do país, limitando um pouco o aquecimento, e também podendo limitar a convecção (Normalmente a presença de poeiras limita o crescimento das células convectivas)