Vem aí chuva, e depois deverá chegar uma onda de calor extremo! Tempo “bipolar” em Portugal – saiba a previsão completa

Julho tem sido um mês de altos e baixos em temperatura – ora sobe, ora desce, e, felizmente, para já, sem extremos significativos – e agora deverá chegar a chuva… mas… obviamente que estamos no pico do Verão, e já havíamos referido a probabilidade de um episódio de calor mais extremo para o final do mês – Irá acontecer? Possivelmente!

De notar que não podemos confirmar calor extremo a mais de 4\5 dias de distância (e quando falamos em extremo falamos em situações que exijam emissão de avisos vermelho, por exemplo), pois tais situações são de previsão difícil, contudo é já garantido muito calor – e algo repentino!

Irá ser causado por um reforço brusco do anticiclone no Atlântico, ao mesmo tempo que surgirá uma depressão no Interior da Península, que irá arrastar ar quente vindo do Norte de África. Lembramos que, neste período, perto do final de julho, é quando, habitualmente, se dá o calor mais extremo – historicamente falando, claro

Assim, fica a questão: Irão as temperaturas ser tão extremas como previmos ser possível, inicialmente (mais perto dos 50ºC na Península Ibérica) ou algo mais normal? Bem, queremos acreditar que seja algo mais “normal”, contudo o ensemble GEFS, apresentado em baixo, mostra, nas linhas superiores, cenários de probabilidade de algo mais extremo (temperaturas de 30ºC a 1500m +-, o que poderia representar máximos superiores a 47ºC localmente, nos pontos mais quentes)

ANTES DO CALOR… A CHUVA!

Mas, antes de chegar todo este calor, a chuva irá marcar presença no fim-de-semana 19-20 de julho, mais concretamente no domingo… com a passagem de uma superfície frontal de atividade, geralmente, fraca

Deverá atravessar o território entre o meio da madrugada e o meio da tarde, de Norte para Sul, do litoral para o Interior, trazendo nebulosidade, que irá causar uma descida de temperatura em relação a sábado, e trazendo também precipitação

Prevêem-se acumulados entre 5 a 10l\m2 no Norte do país, particularmente no Minho e Douro Litoral, 1 a 3l\m2 no Centro do país, em especial mais perto do litoral, e chuvisco ocasional, com pouca acumulação, na região Sul

Antes de termos o calor mais intenso temos assim a oportunidade de “refrescar” um pouco com alguma precipitação – e, para alguns, um “contratempo”, com um mau dia, efetivamente, para praia, passeios, etc – enfim, todas as atividades ao ar livre que muita gente que está de férias possa planear, por exemplo

QUANDO COMEÇAM A SUBIR AS TEMPERATURAS?

As temperaturas começam a subir praticamente depois da passagem da frente, já na segunda-feira – contudo uma subida pouco significativa, e ainda com nebulosidade – em especial no período da manhã, e com vento durante a tarde!

Na terça começa a notar-se mais calor, em especial no Interior, mas, visto que o anticiclone se mantém a Oeste, é provável que o vento persista no litoral – e as neblinas matinais também

A partir de quarta, rapidamente, o vento rodará para leste, e as temperaturas sobem – com valores máximos ainda por identificar, contudo com a (quase) certeza que estarão bem acima da média

De uma forma geral, nos locais tradicionalmente mais quentes, a partir de dias 23\24 de julho, e durante pelo menos 4 a 5 dias, as temperaturas devem ultrapassar os 40ºC com probabilidade de quase 100%, e mesmo os 43ºC nos locais mais quentes (vales, Alentejo etc) com probabilidade elevada (mais de 50\60%)

A probabilidade de valores acima de 45ºC encontra-se de momento acima de 30%, o que é significativo, e merece, certamente, acompanhamento

De notar também MUITO calor sobre todo o Mediterrâneo (Sul da Europa), o que irá exacerbar a onda de calor marinho que se regista nesse mar, e potenciar episódios de tempo extremo, possivelmente, mais para a frente neste Verão….

ESTE CALOR IRÁ CHEGAR AO LITORAL TAMBÉM?

Tudo indica que sim! Aliás temos um sinal anormalmente forte para calor nas cidades do litoral, e até mesmo nas praias – mais forte que o normal, o que indica elevada confiança

Isto porque tudo indica que o anticiclone ganhará força suficiente para empurrar as massas de ar de Norte para longe, forçando um fluxo quase nulo de Norte, e, por outro lado, depressões no Centro da Europa devem facilitar fluxos de leste, que arrastam o calor para o litoral

Aliás este tipo de fluxos, arrastando o calor para o litoral, pode mesmo ser a nossa “salvação” do calor mais extremo, pois o vento sempre ameniza um pouco – impedindo por exemplo valores de 48\49ºC, quem sabe mais, e mantendo os valores máximos mais perto dos 45ºC, que sendo anormal, pelo menos não é inédito. Contudo este regime de ventos leva a muito maior abrangência do calor

Como o calor deverá afetar cidades de elevada densidade populacional, como Braga, Porto, Coimbra, ou Lisboa, perto de 40ºC em todas elas, a situação em termos de saúde pode ser mais complicada – é necessário desde já reforçar prevenção

Em relação a praia, e como referido, tudo indica que entre dias 24 e 28\29 as condições serão excecionais – daquelas que acontecem raramente, uma vez por ano, ou nem isso! Uma onda de calor, quase certamente, também no litoral

Iremos acompanhar a situação e atualizar assim que possível!

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